domingo, 24 de janeiro de 2010

Livre pra poder sorrir, sim


Livre pra poder buscar o meu lugar ao sol. ♫


Agora a pouco veio aquela vontade de fugir, de largar tudo e todos por aqui, pegar uma câmera, um bom livro, umas roupas, um MP3, um tênis pra caminhada, dinheiro, chiclete e sair andando por ai, sem rumo.
Muitas já devem ter pensado nisso, já devem até ter tentado.
Eu penso nisso as vezes, queria ver o mundo afora com os meus próprios olhos, escrever um diário de cada dia que passei fora de casa, e tirar uma foto de cada coisa que me faça sorrir.
Queria poder ir a lugares que poucos conhecem e conhecer de verdade esse lugar.
Queria ver o nascer e o pôr-do-sol em cada cidade que eu conseguisse ir.
Sentir o início e o fim de cada dia em diferentes lugares.
Queria sentir o gostinho da saudades de casa, poder ligar e dizer:
'Oi mãe, eu to aqui em PoA, amanhã to indo pra Florianópolis e depois meu destino é indefinido'
Ligar só de 3 em 3 dias, sempre tendo algo novo pra contar.
Enviar pra casa um cartão postal de cada lugar bonito, escrito atrás apenas um 'Eu te amo, nunca me esqueça'.
E fazer isso repetidas vezes, até ter certeza que nunca vão esquecer que amo eles mesmo.
Queria parar na praia e cair no sono na areia, acordar com o crepúsculo, ir pra casa e viajar para as montanhas.
Sair do verão aqui do sul e ir pro inverno de Portugal.
Conhecer animais novos, plantas novas, pessoas novas, novas línguas, novos amigos.
Ter uma lembrancinha de cada lugar, pra que na volta pra casa fizesse um cantinho pra me lembrar dessa incrível viagem.
Isso tudo parece tão confuso, tão difícil. É, difícil é, mas não impossível.
Para simplificar, eu quero ver as mesmas coisas em lugares diferentes.
Quero sentir as mesmas emoções com pessoas diferentes.
Ver as mesmas luas em cantos diferentes desse mundo.
E ver o dia começar e acabar numa praia diferente.
Acreditem, um dia eu farei tudo isso, e levarei comigo todos esses sonhos, e todos eles eu vou realizar.
Aí em algum lugar eu vou achar o meu lugar ao sol, e vou viver por lá um bom tempo, seja aqui no Brasil, seja na Inglaterra, em Portugal, na França, na Suécia, na Austrália. Em qualquer canto que me receba de braços abertos.
E um dia eu volto, volto pra poder abraçar a família e dizer: 'Eu viajei o mundo todo, conheci pessoas novas, comidas diferentes, fiz milhões de coisas, mas senti falta de apenas uma: De vocês, minha família.'